domingo, 6 de março de 2011

Depuração carnavalesca - vegetarianismo, naturalismo e ruínas paulistas

Indo na contramão desses dias de festividades dedicadas a Baco, deixo algumas sugestões naturalistas e vegetarianas... começando com o restaurante vegetariano Apfel, que conta com duas unidades, uma na região central (esquina da Dom José de Barros com a Itapetininga) e outra nos Jardins (num charmoso sobrado na Rua Bela Cintra). Por enquanto, tive o prazer de conhecer apenas a unidade Jardins.

O cardápio é democrático, já que oferece opções para ovo-lacto-vegetarianos e também para vegans. Receitas e seleção criada com esmero, nos convidam a provar os diversos sabores que aliam comida natural (dizem que toda a produção é da própria casa e baseada em agricultura familiar, mas como sou um pouco cética...) ao vegetarianismo e uma pitada do supostamente politicamente correto (acho que já deu pra perceber que essa coisa do politicamente correto é um pouco indigesto para mim).

De qualquer forma, a questão é deixar mais uma dica de um "point veggie" ou expandir as opções naturalistas.... na mesma linha do "post" do Nutrisom.

Aproveito o ensejo para deixar uma notinha também sobre um "come" caseiro e familiar... pequenino, realmente pequeno - pois consiste num pequeno corredor, que deixa espaço para umas 3 ou 4 mesinhas para duas pessoas e mais alguns banquinhos no corredor - o lugar pode passar despercebido como mais uma lanchonetinha dos arredores da Rua São Joaquim (que tem a tradição de "lanchonetes "rápidas para os estudantes da região - Anglo, Etapa, colégios, FMU, entre outros).

Logo na entrada, tem-se a sensação de tratar de uma lanchonete despretensiosa e simples como as outras da região, porém uma análise mais detida dos painéis com os pratos do dia, denunciam a orientação vegetariana... não só isso... é vegan (nada de derivados animais por ali).

O negócio conduzido num sistema familiar abriga receitas criativas e deliciosas, bem como certo apelo para a o não abate de animais, mas nada militante ou pedante, pelo contrário, está ali, à disposição de quem quiser aderir ao "movimento", nada de pregações para a salvação das nossas amigas bovinas ou em prol dos galináceos... Tive a oportunidade de provar uma deliciosa paella vegan, a seleção dos temperos (incluso o curry) associado aos ingredientes fazem deste prato uma explosão de sabores suave e apetitosa (deu fome só de lembrar!!!). A paella é o "PF" do sábado, cada dia, um prato diferente... fora as opções de salgados e bolinhos de origem oriental, mas todos na versão vegan.

A princípio, os mais gulosos ou então "bons de garfo" podem se sentir um pouco desconfortáveis imaginando que o pequeno prato não será suficiente para aplacar o "vazio interior", mas não se preocupem, é só você solicitar ao gentis sócios da casa para repetir... eles preencherão seu prato prontamente!!! Ah, detalhe, na saída, não se esqueça de anotar o seu nome no "caderno" - eles mantêm um registro de suas refeições num caderno... a idéia não é só obter o desconto de 100% quando você atingir o 11o. (ou seria 12o.?) prato... a idéia é contabilizar e de certa forma motivar, vendo, quantas vezes deixou-se de comer carne (cometer o   assassínio, rsrs) - que com os pratos deliciosos servidos por ali não é difícil abdicar-se da dita cuja. É isso aí, mais um pequeno paraíso idílico (gostei dessa palavra, agora ela será incorporada ao palavreado da temporada ;) ) perdido na cidade monstro!

E a essas alturas de todo o blabláblá vocês questionam, mas onde fica o lugar?

Confesso, esqueci de anotar o endereço completo do lugar, então, desde já, peço desculpas aos leitores da temporada... mas é fácil de achar: fica na Rua São Joaquim (imediações da Liberdade) - tomando-se o metrô como referência, fica na calçada do lado esquerdo, quase na esquina com a Rua Taguá... continuando a descida da Rua São Joaquim, passando a Taguá, teremos uma pequena galeria... ao lado dela, temos a pequena entrada do nosso alvo (fica praticamente de frente ao Colégio Campos Salles - imóvel tombado que foi incendiado décadas atrás por seus alunos - isto é, enquanto se aprecia a comida é possível visualizar o projeto de recuperação arquitetônica da tal escola, que cá entre nós vem com muito atraso, praticamente duas décadas!!!).

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